quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um sonho de liberdade e Zumbi dos Palmares.

Nossas raízes nos levam a sentir de onde viemos e nos permitem ser o que somos. Muitos se sacrificaram, lutaram por ideais, desbravaram questões onde os verdadeiros valores estavam sendo submetidos. Heróis - personagens conhecidos e às vezes polêmicos, e outros silenciosos e discretos - que foram forjando os povos que hoje somos na América Latina, deixaram sua pegada de sonho e de luta. E nós, deixaremos a nossa pegada? No período de escravidão no Brasil (séc. XVII e XVIII) , os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas, conhecidos como quilombos. Nessas comunidades eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Hoje lembramos Zumbi, do Quilombo dos Palmares, nascido livre, em 1655, no hoje estado de Alagoas, batizado Francisco. Capturado, foi entregue a um missionário português, adolescente, fugiu e retornou ao seu local de origem, encontrando, em 1670, Palmares no seu momento de maior esplendor. Nas lutas dos portugueses contra os negros, revelou-se um guerreiro e estrategista militar, conhecido por sua destreza e astúcia. A cada ataque Palmares se enfraquecia e uma investida bem sucedida dos portugueses, em 1678, levou Gamba Zumba (o líder) a assinar um acordo, pelo qual apenas os nascidos no quilombo preservariam a liberdade. Zumbi não aceitou as condições e se rebelou - queria o fim da escravidão e decidiu continuar a luta, até que foi atingido por tiros, mas não foi identificado. Mais tarde um traidor o delatou, e chegaram a seu esconderijo e ainda lutando, caiu morto em novembro de 1695, sendo sua cabeça exibida em praça pública no Recife, como uma advertência aos demais negros. Depois de um século, um sonho de liberdade parecia chegar ao fim... mas um sonho tão grande seguiu alimentado por tantos outros, também fora dos quilombos, muitos não esmoreceram e continuaram a batalhar por seu ideal, até que a escravidão oficialmente foi abolida de nossa terra... Mas quantos mais continuaram sobrevivendo em condições semelhantes a escravos?! Sonhemos, sim, com liberdade, com igualdade, com uma vida de harmonia entre todos os seres humanos e todos os outros... e façamos por plasmar um mundo melhor... acreditemos e vivamos o amor, o carinho, o respeito, a harmonia...a unidade... Não deixemos para depois... somos os pioneiros de um novo tempo que já está aí. A Nação Pachamama - um jeito novo de viver, resgatando os valores esquecidos e a convivência amorosa com nossos irmãos e com nossa Mãe Terra - que nosso Movimento Mística Andina, está ajudando a parir juntamente com tantos outros guerreiros que acreditam que é possível mudar, nos instiga a sermos corajosos participantes! É um convite a revolucionar-nos! Timoneiras Revolucionárias - Susi, Aradia e Sarita. http://www.youtube.com/watch?v=wXMZw0gUyPA&feature=related

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